quinta-feira, 13 de maio de 2010



Saveiro

Restei em sombra, a meia-luz, a meia-volta, a meia-vida.

Restei silêncio, rouco.

Restei diverso, pouco.

Restei inverno.


Parti, algo grande em mim morreu

E no lugar profundo daquele eu

Eu nenhum outro nasceu


A vida que eu vejo distante passar

Já não é mais minha, torta

E não é mais viva, morta

É um barco errante em alto-mar

- A naufragar, a naufragar


Foi o vento bruto, de qualquer lugar

Rompeu o mastro, rasgou as velas

Cruzou no infinito as paralelas

Fez-me órfão de porto-lar

- Desencontrar


Nadei, nadei a me agitar

Mas não houve santo milagreiro

Nem reza de bom marinheiro

Que me fizesse parar

- De afundar, de afundar

Arthur P. Bedin

6 comentários:

  1. Se comparar com os seus textos anteriores, vias notar que já tens um tipo assinatura.

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  2. que raiva do Arthur! hahaha
    ele escreve muito muito bem!
    Mas e você Ganzer? tenho olhado
    com frequencia teu blog e nada!
    Vamos tirar as teias, vamos?
    hihi
    =*

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  3. Assim que eu tiver algo escrito, farei!!!

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  4. UIAHEUIHAIUEHIAHEUIHAIUHEUIHAUIEHUIAHEUUAIEHHEIUAHEIUHAUIEHUIAHEUIHAUIEHUIAHEUIHAUIHEIUAHEUIHAUIEHIAUHEIUAHEIUHAIUEHUIAHEUIHAIUEHIUAHEIUAHIUEHAIUHE

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  5. Solicitação negada por falta de opções.
    Mentira, é porque eu quero mesmo!

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